O tratamento com música já mostrou resultados para vários problemas de saúde. É usada, por exemplo, para retardar os efeitos do Alzheimer e do Mal de Parkinson, ou seja, faz bem para o cérebro.
Os cientistas descobriram que a música pode fazer o organismo produzir uma quantidade maior de células que regulam o sistema imunológico. Os primeiros efeitos foram verificados no coração.
As pesquisas de laboratório ainda não foram feitas com seres humanos e os cientistas alertam que a música não substitui procedimentos ou medicamentos prescritos pelos médicos, mas não restam dúvidas: embalado pela música, especialmente pela ópera, o coração bate mais.
É sabido que a música faz corações palpitarem. A ciência comprova que isso é verdade. Pelo menos, no caso de ratinhos de laboratório que sofreram transplante de coração. O teste foi feito durante dois anos em 300 ratos. Em um grupo que não ouviu música, o coração novo funcionou por sete dias. Já naqueles que ouviram música durante uma semana, 24 horas por dia, mesmo quando dormiam, o resultado foi muito melhor.
Em terceiro lugar, a cantora irlandesa Enya, famosa por músicas que supostamente provocam bem estar, fez os corações baterem por 11 dias. Em segundo lugar, Mozart, com a sinfonia número 40, 20 dias. Em primeiríssimo lugar, a ópera La Traviata, de Verdi, fez os novos corações funcionarem por 26,5 dias em média.
Masatero Uchiama, um dos pesquisadores, diz que eles não sabem o motivo, porque a ópera funciona melhor do que outros gêneros, mas os resultados apareceram no microscópio.
No coração de um rato que não ouviu música, aparecem poucos pontos azuis. No do rato que ouviu ópera, o número é maior. Esses pontos, explica o pesquisador, são células, chamadas “T”, que o organismo produz naturalmente para aceitar o novo órgão.
O objetivo da pesquisa é encontrar formas de reduzir os remédios que as pessoas transplantadas tomam para evitar a rejeição. Um estudo que está sendo feito agora procura avaliar os efeitos da ginástica. Os ratos são obrigados a correr uma hora por dia e os resultados tem sido ótimos. O laboratório ainda não avaliou os efeitos combinados da aeróbica com a ópera, mas esta aí uma sugestão para as academias.